domingo, 16 de noviembre de 2008

BRASIL- 2009 Y LA CRISIS FINANCIERA

Economia
Os cenários que o Brasil pode esperar para 2009
16 de novembro de 2008
Em meio ao atual festival de horror financeiro, os consumidores e empresas brasileiras tentam enxergar um horizonte. E não está fácil. Até outubro, o emprego e a renda dos brasileiros continuavam crescendo, em um indício que o país, ainda que viesse a sofrer os efeitos da crise, resistiria a ela. Essa sensação chegou a ser reforçada por empresas como a Fiat, a Unilever e a Nestlé, que, a despeito do agravamento da crise, mantiveram seus ambiciosos planos de investimento no país.
O vice-presidente de Assuntos Corporativos da Unilever, Luiz Carlos Dutra, disse que a turbulência não é linear e afeta cada setor de forma diferente. "Temos dados que comprovam que as companhias que continuam investindo em tempos de crise saem mais fortalecidas quando a situação melhora." Declarações no mesmo sentido vieram na Nestlé e da Fiat.
Mas ainda não se pode dizer que o Brasil escapou dos piores efeitos da crise. Projeção da consultoria Tendências mostra uma redução acentuada do crescimento econômico do país. O PIB brasileiro ficará praticamente estagnado no quarto trimestre deste ano com relação ao trimestre anterior.
Isso é um sinal claro de que o aperto do crédito, a menor demanda mundial por matérias-primas e a desvalorização do real ante ao dólar produziram sua dose de estrago na economia brasileira. "Os setores mais dependentes de crédito foram os primeiros a serem impactados, como eletrodomésticos e automóveis, além da construção civil", declarou Marcela Prada, da Tendências.
Na sexta-feira, a construtora Cyrella anunciou que realizará demissões no quarto trimestre. A construtora reviu de 7 bilhões de reais para 5 bilhões de reais o valor dos imóveis lançados no mercado neste ano. Dentre as empresas imobiliárias que anunciaram balanços financeiros, a revisão de lançamentos para o próximo ano caiu de 53 593 bilhões de reais para 36 843 bilhões, uma redução de 31%.
O governo tem lançado mão de medidas adequada para estimular o crédito e destravar a economia. Na quarta-feira da semana passada, a Caixa Econômica Federal ofereceu um crédito de dois bilhões de reais para varejistas dos setores de eletrodomésticos, eletrônicos, móveis e materiais de construção. Está cada vez mais difícil prever o que vai acontecer nos negócios e no consumo, em horizontes cada vez mais curtos. Ao menos para os investimentos, a imprevisibilidade causa tantas seqüelas quanto a falta de crédito. Nunca foi tão difícil vislumbrar um próspero ano novo.VEJA

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